No fim da tarde desta terça-feira, 11, o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que transfere o conselho do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-Presidência. A cerimônia de criação do Conselho da Amazônia não contou com a presença da embaixada da França. A embaixada não foi convidada pelo presidente e durante o evento Jair afirmou que vai dar “a devida resposta” aos que criticam sua gestão da floresta.
“Tenho muita esperança de que possamos dar a devida resposta aos que nos criticam. No ano passado, um chefe de Estado ousou dizer que a soberania da Amazônia não era nossa, [que] era relativa. E outras autoridades falaram coisas semelhantes no passado”, disse Bolsonaro.
A França se tornou desafeto do presidente brasileiro depois que Emmanuel Macron, presidente francês, criticou a política ambiental do Brasil e disse a Amazônia é um patrimônio a ser cuidado por todos os países.
Bolsonaro entendeu as falas de Macron como um afronte ao seu governo. A cúpula militar brasileira também compartilha do posicionamento de Jair, que acredita ser verdadeira “ameaça” para os próximos 20 anos uma guerra contra a França pela Amazônia.
Conselho da Amazônia
O decreto assinado por Bolsonaro retira os governadores do Conselho Nacional da Amazônia Legal. O decreto anterior, de 1995, incluía os governadores da Amazônia Legal.
O texto divulgado pela Secretaria de Comunicação Social, afirma que o conselho será integrado pelo vice-presidente Hamilton Mourão e por 14 ministros do governo federal.
Integram a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.
Os ministros das seguintes pastas integrarão o conselho:
- Casa Civil;
- Justiça;
- Defesa;
- Relações Exteriores;
- Economia;
- Infraestrutura;
- Agricultura;
- Minas e Energia;
- Ciência, Tecnologia e Comunicações;
- Meio Ambiente;
- Desenvolvimento Regional;
- Secretaria-Geral da Presidência;
- Secretaria de Governo da Presidência;
- Gabinete de Segurança Institucional.
Com informações do Painel, da Folha de S. Paulo e o Fórum.