Cerca de 44 horas após a oficialização de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente eleito, Jair Bolsonaro (PL) – derrotado -, atual chefe do executivo nacional, veio à público e finalmente reconheceu o resultado da eleição. Disse que irá cumprir a Constituição. Bolsonaro manifestou-se ao lado de sua equipe de governo, e agradeceu aos mais de 58 milhões de votos que teve. Contudo, em nenhum instante cita Lula (PT) ou o parabeniza de algum modo.
O político derrotado deu uma declaração rápida, de aproximadamente dois minutos. Neste tempo ele rechaçou de modo tácito os bloqueios ilegais de estradas que ocorrem no país. Segundo Bolsonaro, esse cerceamento do direito de ir e vir é uma prática da esquerda.
O presidente não falou de modo direto sobre o processo de transição, coube ao Ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, abordar a questão. Nogueira disse que logo que o governa seja provocado fará o trâmite de alternância de poder, seguindo aquilo que é expresso pela lei.
Após o discurso, Jair Bolsonaro ainda se dirigiu ao Supremo Tribunal Federal, o político queria se reunir com os magistrados antes de falar publicamente sobre o resultado das eleições. Entretanto, os ministros se negaram, preferiram aguardar e verificar que tom Bolsonaro adotaria. Segundo o ministro Edson Fachin, o político teria internamente também reconhecido a derrota.
De acordo com informações apuradas, antes de falar abertamente sobre as eleições, Bolsonaro acertou junto ao PL de Waldemar da Costa Neto algumas vantagens. O PL irá bancar o aluguel de uma mansão em Brasília, local que deve abrigar o político a partir de 1 de janeiro. O partido também custeará a defesa dele nos 58 processos que hoje estão no Supremo e devem descer para primeira instância. Bolsonaro assumirá, ainda, a posição de conselheiro do PL, o que lhe garantirá uma remuneração mensal considerável.