Representantes partidários de MDB, PSDB e Cidadania tornaram público nessa quarta-feira, 18, que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) deve ser a política sacramentada pelo grupo para disputar a eleição presidencial de 2022. De acordo com relatos do encontro, a decisão pelo nome da emedebista se deu após análise de uma pesquisa encomendada pelo grupo de legendas. Segundo o levantamento, a candidatura Tebet teria maior “potencialidade de voto”.
Os partidos consideraram que a senadora teria mais chances que João Doria (PSDB-SP) – com quem disputava a indicação – de crescer em intenção de votos. A avaliação é que Tebet tem baixa rejeição e menor nível de conhecimento popular, o que para os dirigentes significa maior capacidade de atrair eleitores. O fato dela ser a única candidata mulher entre os partidos de projeção nacional também foi um fator considerado como relevante.
A posição dos colegiado de partidos teoricamente rifa a candidatura de João Doria. O ex-governador venceu as prévias tucanas e deixou o comando do executivo paulista no final de março, a fim de assumir o posto de presidenciável da sigla. Contudo, Doria nunca gozou de unanimidade interna, além de contar com uma elevada rejeição.
Porém, o político já deixou evidente que não aceitará passivamente a mudança de planos de seu partido. Em carta enviada à Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, o ex-governador afirmou que, caso não fosse ungido presidenciável do bloco, iria judicializar a questão com base no estatuto interno do tucanato. Doria diz que o estatuto afirma que, em caso de prévias, as convenções são meramente homologatórias, não havendo espaço para mudança de planos.
Esse contexto chama atenção, porque todas as legendas envolvidas no bloco de apoio à Simone Tebet (MDB) precisam referendar a decisão de apoio internamente, em suas executivas nacionais. As reuniões individuais de cada legenda estão agendadas para a próxima terça-feira, 24.
