Por meio de uma decisão judicial expedida no último domingo, 31 de julho, pelo ministro Jorge Mussi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eurípedes Júnior foi reconduzido ao posto de presidente do Pros. Ao reassumir o comando do partido, Eurípedes reuniu-se com demais membros da executiva nacional, e reabriu diálogos com a coordenação de campanha do ex-presidente Lula (PT).
Os membros da direção nacional da legenda encontraram-se nesta quarta-feira, 3, com Aloizio Mercadante, coordenador de campanha do PT, e com Geraldo Alckmin, candidato a vice-presidente na chapa de Lula. A reunião ocorreu na sede da fundação Perseu Abramo, em São Paulo, e concretizou a chegada do Pros ao conjunto de partidos que apoiam o retorno de Lula ao Planalto Central. O Pros irá retirar a candidatura de Plablo Marçal, que havia sido oficializada em convenção partidária realizada em 31 de julho.
A candidatura de Marçal tratava-se de uma decisão da antiga direção partidária, que era comandada por Marcus Holanda. Ao comentar os novos rumos da sigla, Eurípedes disse ao Jornal Valor Econômico que o objetivo não é retaliar candidaturas, mas encontrar meios de atingir a cláusula de barreira. O partido terá que eleger ao menos 11 deputados em nove estados, ou alcançar o mínimo de dois milhões de votos. Hoje, a agremiação conta com quatro deputados na Câmara Federal, e 2 senadores.
No PT a percepção é que a aderência de novos partidos amplia a sensação de unidade e frente ampla em prol da candidatura Lula-Alckmin. A perspectiva do partido é conseguir fortalecer o espaço de exposição em cadeia nacional, incrementando alguns segundos ao seu tempo no Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral. A coordenação petista também busca trazer o Avante ao ciclo de alianças, fazendo com que o partido retire o nome de André Janones da disputa.
Atualmente a chapa encabeçada pelo ex-presidente conta com endosso de PT, PCdoB, PSB, PV, Rede,Psol Solidariedade, e agora Pros.
