Durante os trabalhos da CPI da pandemia desta quinta-feira, 30, o senador Fabiano Contarato (REDE-AP) assumiu a presidência da sessão por cerca de 10 minutos. O objetivo foi confrontar diretamente o depoente do dia, o empresário Otávio Fakhoury, sobre postagens com teor homofóbico que foram realizadas por ele, estas, direcionadas ao senador da Rede Sustentabilidade.
O comentário de Fakhoury havia sido realizado a partir de uma postagem de Contarato em que ele comentava o depoimento do ex-secretário de Comunicação da presidência da República, Fábio Wajngarten. O tweet, o senador se equivocou na escrita de uma palavra, aplicando o termo ‘fragrancial’ ou invés de ‘flagrancial’. A partir disso, o empresário buscou desqualificar as atividades do parlamentar.
Contarato questionou como era possível que alguém adulto fosse capaz de praticar algo naquele nível. Ponderou, ainda, que Fakhoury não se preocupava com a imagem e legado que deixaria para os seus filhos. Emocionado, o senador foi direto ao dizer que o STF (Supremo Tribunal Federal) equiparou a homofobia ao crime de racismo, sendo imprescritível. Fábio disse que aquela situação o causava uma ‘dor imensurável’, e que ele devia desculpas a toda comunidade LGBTQIA+.
A ação foi pensada antes de Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, deixar a presidência. Inicialmente, quem passaria o posto para Contarato seria Randolfe Rodrigues (REDE- AP), mas Omar teria se predisposto a entregar diretamente a presidência para Fábio.
A intervenção de Contarato, único senador abertamente homossexual, despertou apoio em quase todos os colegas, inclsuive em nomes da base do governo, como o senador Marcos Rogério (DEM-RO).
