Na tarde desta quarta-feira, 5, a senadora Simone Tebet (MDB) confirmou apoio ao ex-presidente Lula (PT) na disputa do segundo turno presidencial. A política ficou em terceiro no primeiro turno, e somou 4,16% dos votos válidos, o que equivaleu a mais de 4 milhões de votos. Tebet afirmou em discurso que o alinhamento ao PT se dá em face ao reconhecimento de comprometimento democrático que ela enxerga no candidato Lula, e não observa em Bolsonaro.
A parlamentar também disse que se trata de um momento em que “não cabe omissão”. Ponderou, ainda, que estará nas ruas até 30 de outubro. “Meu grito será pela defesa da democracia e por justiça social”, afirmou a senadora.
A posição escolhida por Simone Tebet contraria a orientação interna do partido, que vem pregando um discurso de neutralidade de suas principais lideranças. Porém, o MDB também liberou seus filiados para aderirem às campanhas que julgarem mais alinhadas aos seus ideários, sem que isso se revertesse em prejuízos partidários. A liberação do MDB abriu caminho para que dois governadores da sigla tomassem rumos diferentes. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, aderiu à campanha Bolsonaro; enquanto Jader Barbalho, governador do Pará, endossa a eleição do ex-presidente Lula.
No discurso de confirmação de apoio, Tebet apontou cinco propostas que devem ser encapadas pelo PT em um eventual governo. São elas: ajudar municípios a zerar filas de creche para crianças entre 3 e 5 anos, resolver o problema do endividamento das famílias, sancionar leis que garantem igualdade salarial entre homens e mulheres, e montar uma equipe de ministros plural e diversa.
Além de Tebet, quem também declarou apoio ao PT foi o candidato Ciro Gomes, do PDT. Carlos Lupi, presidente da sigla, realizou coletiva de imprensa na manhã de hoje ao lado da presidente do PT, Gleisi Hoffman. Ciro Gomes, que atingiu 3,04% de votos, publicou vídeo de apoio em suas redes sociais.