O presidente do União Brasil (UB), Luciano Bivar, anunciou em vídeo publicado nas redes sociais que o partido deixará o conjunto de legendas que planejava lançar um candidato único na disputa presidencial de 2022. Luciano Bivar, que também é deputado federal, informou que a sigla esperou até o derradeiro momento, a fim de organizar coligações objetivas.
“Esperamos até o último momento para ver se fazíamos uma coligação com outros partidos. Entretanto, outros partidos não tiveram a mesma unidade que tem o União Brasil. Então, em função disso, não restou a nós uma única alternativa a não ser sairmos com uma chapa pura”, declarou o deputado federal pernambucano.
Em 14 de abril, a executiva nacional lançou a pré-candidatura de Luciano Bivar à presidência, contudo, naquele momento a perspectiva era ter um nome para discutir a formação de uma frente ampla autodenominada de ‘terceira via’. De princípio, o objetivo era dispor de uma indicação para negociar com os demais partidos da frente que também era composta por PSDB, Cidadania e MDB. Como o UB conta com o maior fundo partidário entre os partidos, a sigla não julgava justo entrar nas negociações sem ter um nome a ser considerado como cabeça de chapa para a disputa.
Os entraves nas conversas começaram quando, de acordo com o UB, ficou claro que objetivo do PSDB e do MDB era apenas usufruir das possibilidades financeiras que o partido que resultou da fusão do PSL e do Dem seria capaz de oferecer.
Atualmente o União Brasil conversa de modo próximo com a candidatura de Ciro Gomes (PDT), ventilando possibilidades de apoio. Entretanto, o endossamento ainda não é considerado palpável. Mas, em uníssono, analistas políticos têm avaliado como pouco provável a manutenção de uma candidatura do UB, especialmente tendo Bivar como presidenciável, já que nas mais recentes pesquisas ele sequer chega a 1%.
Dessa forma, a expectativa é que em breve o União Brasil confirme a adesão a alguma candidatura fora da polarização verificada entre Lula (PT) e Bolsonaro(PL). Por sua vez, o bloco identificado como ‘terceira via’ tentará encontrar consenso entre os nomes de Simone Tebet (MDB), João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB).
